Chamo de fluxo de consciência o que a psicanálise chama de associação de ideias. Seja escrito ou gravado (áudio ou áudio-visual). Uma livre associação não só de ideias mas principalmente de sentimentos e emoções. Essa associação faz parte do meu processo criativo e de autoconhecimento.
O que mais me empolga é o fluxo de sentimentos que tenho ultimamente quando estou despertando. Acordar, para mim, é um processo longo. Me dou tempo de meditar, me inspirar e me centrar antes de levantar da cama.
Há alguns anos, minhas inspirações surgiam quando eu estava lendo e quase adormecendo. Queria poder escrever meus sentimentos. Mas se eu voltasse ao estado de alerta para escrever a inspiracao se dissipava. Com a mesma facilidade com que se dissipam os sonhos ao acordar. Então aqueles insights atravessavam a leitura até se sobrepor completamente e eu cair no sono. Ou no sonho, outra forma deliciosa de entrar em contato comigo mesmo.
Também pratico um processo de fluxo de consciência, esse no estado de alerta, que chamo de labirontoautobiografia. Esses são processos de busca ligados ao meu Eu interior, inconsciente, não ao meu ego.