A Escrita Criativa é o primeiro passo para transformar suas ideias em realidade. Neste espaço, os sonhos ganham forma e se tornam tangíveis. Aqui, você encontrará uma seleção exclusiva dos meus projetos já realizados, assim como aqueles que ainda estão em gestação.

Venha manifestar seus sonhos junto comigo através da Escrita Criativa.

Estava aqui pensando no significado de se tornar e, por algum motivo desconhecido por mim, devenir pulou na frente, na minha memória, embora eu estivesse escrevendo em Português Brasileiro. Pode parecer desnecessário, sendo eu uma brasileira,  especificar que o Português que eu falo é Brasileiro (por que não botar nosso Brasileiro em caixa alta?). Os franceses, por exemplo, dizem que nós falamos o Brésilien  e eu acho muito sensato da parte deles.  Nossa língua, principalmente falada, não tem absolutamente nada a ver com a falada em Portugal. Uma vez, numa fila de check-in em Londres, pensei que estivessem falando alguma língua do Leste europeu e era Português!!! Eu não tinha entendido uma palavra! Isso pra não mencionar a lógica, que se é outra ao pensar, obrigatoriamente tem que ser outra ao falar e escrever. Leia mais

Tela de Christina Oiticica

Dia 27 de fevereiro de 2008 meu coração fibrilou por mais de 40 minutos e, desde então, comemoro essa data como a do meu renascimento. Tive uma EQM, abreviação para Experiência de Quase Morte, como é chamado o fenômeno vivido pelos sobreviventes de uma parada cardíaca. Vamos combinar que não é pouca coisa sua alma dar uma volta ali em outra dimensão e voltar. É isso: a morte é uma outra dimensão, onde sua alma flui liberta da massa corpórea.

Como é nesse outro lado? O que eu trouxe de volta dessa experiência? Qual a importância desse evento na minha vida? E na sua? Na palestra “O que pede seu coração?”, compartilho minha Experiência de Quase Morte e o que ela me ensinou. Não é preciso ter uma EQM para descobrir o seu por que nem o seu como.

À esquerda: eu no colo da minha mãe, minha avó ao lado, na minha primeira viagem internacional. À direita, meu irmão pequeno com os pais dele. Circulado em verde, meu pai biológico e minha avó paterna, que nunca conheci. A timidez fantasiada de bailarina, no carnaval de 1966.

Em algum dia do final da década de 1950, em Campos do Jordão, provavelmente em um período de férias, Francisco Kenworthy Azevedo e  Palmyra Cordeiro de Mello de Garibaldi Pereira se conheceram e se apaixonaram. Ele, paulistano e filho de um rico industrial do ramo têxtil; ela, uma bela e jovem advogada nascida em Manaus, mas que morava no Rio de Janeiro desde os três anos de idade quando seus pais mudaram para a capital federal.

Francisco beirava os 30 anos, era casado e tinha quatro filhos. O mais velho, que levava seu nome, era chamado pelo apelido Baby. Esse primogênito teve sérios problemas de diabetes, e  veio a falecer ainda rapaz, depois de um transplante de fígado. Não vou tentar ir além porque aí começam as versões.  E versão por versão, fico com a única que me foi contada por mãe, pai, primos e primas: sou fruto de uma paixão avassaladora. Gostei e copiei!

Como hoje é “Dia dos Pais”, a pauta é Francisco Kenworthy Azevedo, meu progenitor. Não sei se esse ano, assim de bate-pronto, consigo ter esse desprendimento a ponto de homenagear essa personagem que entrou com metade dos cromossomos que me deram à vida. Estou me reaproximando dele faz pouco tempo. Ele que morreu dia 28 de março de 1984, doze dias antes de eu completar 23 anos. Ele morreu com a idade que eu tenho hoje, 28 dias depois de completá-la. E só há pouco tempo entendi que as pessoas que marcaram a minha vida só vão morrer junto comigo.

Ao todo, Francisco teve seis filhos. Com certeza, cada um de sua descendência teve seu próprio pai. Na minha vida, essa personagem pai entrou em limitadas participações especiais. Como aqueles atores convidados que só participam das duas primeiras semanas das novelas e depois desaparecem, sabe? Como nossa relação não seguia o modelo usual, demorei pra entender. Aliás, nem sei se entendi.

A partir dos meus 18 anos, empreendi uma “cruzada” para reconquistar ou simplesmente conquistar meu pai. Mas não houve, digamos, entrosamento. Uma noite eu sai com a minha prima, Marina, em São Paulo, dirigindo um dos carros dele. Fomos para a casa da Helô, irmã da Marina, nos jardins. Voltando sozinha, me deparei com uma bifurcação e peguei o caminho errado. Eu tinha 18 anos, não existia celular, mídia social, Waze, GoogleMaps, nada disso. Depois de passar horas perdida por São Paulo, contratei um táxi na Praça da Sé e o segui até a casa do meu pai, em Higienópolis. Entrei em casa animadíssima contando minha aventura noturna por São Paulo, mas o homem estava surtado e foi grosseiro comigo. Como se eu fosse uma criança. Não me criou e, quando me sinto uma adulta, vem me dar bronquinha, qual é?! Fiquei vexada, fui para o meu quarto e no dia seguinte peguei o avião de volta para o Rio.

Vi meu pai pela primeira vez (que eu me lembre) quando eu tinha uns nove ou 10 anos. Tivemos um encontro clandestino. Sim, clandestino, porque o marido da minha mãe era muito ciumento, então ela resolveu apagar a figura do meu pai da minha vida. Na verdade, da vida dela, e eu fui a reboque. A segunda vez que vi meu pai foi no meu aniversário de 15 anos, com a minha mãe já separada do tal marido ciumento. Mas aí a nossa não-relação já não existia. Aos 18 anos, ele foi convidado para o meu almoço de aniversário, afinal, ele estava me dando um carro.  Fiquei quase todo tempo com os meus amigos e, ao final, fui deixá-lo no aeroporto com a minha mãe. Foi depois desse dia que tentei me aproximar.

Da nossa convivência quando eu ainda era um bebê, não tenho nenhum registro consciente. Eu não sei o que é  uma relação de pai e filha, não tive essa oportunidade. Para mim, Francisco sempre foi um homem. Um homem sem rosto que me mandava presentes magníficos e vestidos (como o da foto acima) quando eu era criança Como esquecer daquele edifício-garagem de quatro ou cinco andares com elevadores? Aquilo foi um must , um símbolo que definia poder, que me mostrava que a realidade podia superar, em muito, os meus sonhos.

Naquela época da minha infância, ainda muito tenra, eu devia ter uns quatro anos, estava na moda um brinquedo que era um posto de gasolina em cima de um compensado. Eu devo ter pedido um pra minha mãe e ela deve ter repassado a encomenda para o meu pai. Um belo dia chega lá em casa uma super garagem com vários andares, heliponto no terraço, várias bombas de gasolina no térreo, um escândalo! Tipo “coisa de paulista”.  Eu nunca tinha visto nada parecido e nem sei se desejaria algo tão incrível, mas aquilo ali foi um marco determinante para eu atribuir superpoderes para esse homem sem rosto que morava em outro estado e diziam que era meu pai. Sim, até os cinco anos, eu tinha um pai e podia me referir a ele como pai.

Mas antes de eu completar seis anos, minha mãe se casou novamente e resolveu trocar “meu pai”. Assim, de um dia para o outro, apareceu um cara que a minha mãe conheceu na praia e determinou que eu devia chamá-lo de PAI. Bem, agora que todo mundo dessa narrativa já morreu está tudo resolvido? Claro que não. Mas eu vou perseverando na minha cura.

Hoje, contando sobre aquele posto de gasolina, penso em usar esse episódio para extrair a crença positiva de que minhas realizações podem superar, em muito, meus sonhos. Hoje sou adulta e responsável pela minha vida, pelo que penso e sinto. Eu posso recriar minha história olhando as coisas de outra maneira. Eu agradeço pela família que eu tive. Eles foram as pontes para eu me transformar naquilo que sou e quero ser. Ainda tenho muito que me aprimorar e essa é a minha missão aqui na Terra: ser cada dia o melhor que eu conseguir. Espero reescrever esse texto com uma visão muito mais amadurecida e espiritualizada para compartilhar.#somostodosum

 

 

Como eu, minha personagem Sofia é uma mulher sem idade, que em breve completará seis décadas em seu papel. Em 2008, ela teve uma parada cardíaca. No monólogo “A Morte Me Cai Bem”, ela reflete sobre a arte de viver o momento presente. 

Feminista, vai questionar a dependência emocional das mulheres em busca dessa outra “metade da laranja”, da alma gêmea, dessa busca por completude no outro, criada ao longo dos seculos. 

Tambem  questiona a maternidade como forma realizacao feminina.  Quem inventou  essas crenças tão arraigadas quanto estúpidas?

O  monologo ‘e uma declaração de independência feminina. A verdadeira independência. Aquela que não depende de ninguém pra ser feliz. Vamos conversar sobre  assuntos que nos interessam: sexo, relacionamento, superação, espiritualidade. Vamos aprender a ouvir o nosso coração e viver uma experiência de vida verdadeira?

Em 2010, eu e Consuelo Dieguez lançamos o livro Cuidado! Seu Príncipe pode ser uma Cinderela, com adaptações para cinema e teatro.

“(…) muitos gays se casam, têm filhos e passam a levar uma vida dupla pra lá de deplorável. São pessoas confusas que, sem a coragem de se assumir, ainda assim são individualistas e sem caráter a ponto de carregar uma mulher como sua refém sentimental pela vida afora. Ou pior: apenas para manter as aparências.”

Do prefácio de Gilberto Scofield

Você conhece um cara, apaixona-se por ele, o relacionamento fica sério, mas uma sensação de que algo está errado paira sobre sua cabeça. Certa vez, ele deu um ataque porque você usou o xampu dele. Ele prefere viajar para fazer compras a passar um fim de semana romântico na serra. Além de tudo, basta beber um pouquinho que… pronto, ele solta a franga. Querida, você não desconfia de nada? Ok, sabemos que a paixão e o amor podem nos deixar cegas. O cara usa tênis Prada, passa todo o domingo com os “amigos” e tem um chamego especial pela mãe. Mesmo assim você continua considerando o rapaz atraente e sensível, e que tudo o que comentam por aí não passa de fofoca.

Em Cuidado! Seu príncipe pode ser uma Cinderela, as jornalistas Consuelo Dieguez e Ticiana Azevedo apresentam um guia prático para ajudar as mulheres a identificar se o homem dos sonhos que têm ao seu lado é, na verdade, um gay sem coragem de sair do armário. Com base em histórias verdadeiras e entrevistas com mulheres que viveram esta situação, as autoras tratam do tema homossexualismo enrustido com seriedade, mas também com muito senso de humor.

            O ponto de partida deste guia é a história de Sofia, que viu seu belo marido – 1,90, louro, de olhos azuis – abandonar o casamento para viver … com outro homem. Depois de muito desespero e tristeza, Sofia enxugou as lágrimas e se perguntou: “Peralá, passei sete anos morando com uma bicha e não percebi?”  E aí os sinais vieram todos à tona: “Sua fixação por perfumes, por cremes, aquela vaidade excessiva, aquele monte de roupas de grife. Aqueles tênis Prada. Caramba, tênis Prada???!!! Como não liguei logo uma coisa com a outra? Afora a relação umbilical com a mãe, que tinha até a chave da nossa casa (coisa que eu cortei logo). E aquele xaveco todo com os amigos, por quem ele me trocava nos fins de semana.”

            Para facilitar a vida das mulheres, as autoras criaram um sistema de filtragem para identificar o gay no armário. São dez peneiras  às quais as mulheres devem submeter o suspeito a fim de descobrir se ele é ou não uma biba. A peneiras tratam de pontos cruciais: vestuário, comportamento, vida social, interesses, atividades e, claro, sexo. Roupas separadinhas por cores e tecidos? Modelitos primavera, verão, outono, inverno? Trajes para manhã, tarde ou noite? Pois o suspeito já fica na primeira fase. Adora fofoca? Fica pra cima e pra baixo com seu cão galgo? Mamãe é uma referência? Ele é mesquinho com você e generoso com os amigos?

Não se preocupe, com a prática, você se tornará uma especialista em descobrir gays no armário e nunca mais passará por situações constrangedoras ou relacionamentos instáveis. Cuidado! Seu príncipe pode ser uma Cinderela ensina a dar aquela peneirada em seu companheiro, ficante ou pretendente para descobrir, de forma definitiva, se vale a pena ou não investir na relação.  https://www.amazon.com.br/Cuidado-Seu-pr%C3%ADncipe-pode-cinderela/dp/8576844656/ref=sr_1_1?qid=1695909335&refinements=p_27%3ATiciana+Azevedo&s=books&sr=1-1&text=Ticiana+Azevedo