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Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, foi um divisor de águas na minha vida. Cheguei a dividir o mundo entre as pessoas que leram e as que não leram essa obra. Não sei se é possível simplesmente ler essa obra-prima sem senti-la, de todo modo não estou falando de ler “mecanicamente”, estou falando de sentir os sentimentos daquelas personagens, com suas dores e encantamentos. Uma obra para transformar a vida de quem entrar nessa jornada. Comecei a ler em 2013, sozinha, e em 2014 me juntei a um grupo que concluiu a leitura em 2016. Escrevendo agora essa data, me atento à coincidência: justamente em 2016, quando estava concluindo a leitura do sétimo volume, me senti muito estranha. Em 2015 já havia feito um movimento de saída do Brasil me candidatando a uma bolsa de 10 meses em Stanford. Não foi apenas a intenção de sair do Brasil (de fugir?), eu de fato sou uma jornalista apaixonada por esse ofício que muda a cada dia suas ferramentas mas que conserva sua essência primordial que é fundamentalmente coletiva, social, voltada para a vida em sociedade. Eu tenho esse amor pelo coletivo, por aquele que eu não posso tocar mas que estou tocando de uma forma indireta, como se para evitar o envolvimento, o apego.